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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Show “Tributo a Zé Menezes” reuniu várias gerações de músicos no dia 13/05, no Theatro José de Alencar, com gravação de DVD

Zé Menezes ao bandolim
O multi-instrumentista Zé Menezes ao bandolim e seus instrumentos: Violão tenor, violão e cavaquinho
Zé Menezes na guitarra elétrica com o Sexteto Radamés formado por: Radamés Gnattali (piano) e sua irmã Aída Gnattali (piano), Vidal (contrabaixo), Chiquinho (acordeon), Luiz Bandeira (canto e percussão) e Edu da Gaita.
Zé Menezes e Sexteto Radamés embarcam para turnê na Europa
 
Zé Menezes e Sexteto Radamés em Paris
Da esquerda para direita: Garoto (o terceiro em pé), Zé Menezes, Bola Sete sob a regência do maestro Radamés Gnattalino auditório da Rádio Nacional do Rio de Janeiro
Jacob do Bandolim interpreta "Retratos", concerto para bandolim e Orquestra sob a regência do autor Radamés Gnattali tendo Zé Menezes no acompanhamento ao cavaquinho ao fundo.
Zé Menezes em Show do Quinteto Radamés
Zé Menezes no aniversário da Secretaria de Cultura com a Orquestra Eleazar de Carvalho e participações do cantor Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, o jovem Anderson (pandeiro)  e do bandolinista Jorge Cardoso.
Zé Menezes no aniversário da Secretaria de Cultura com a Orquestra Eleazar de Carvalho e participações do cantor Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, o jovem Anderson (pandeiro)  e do bandolinista Jorge Cardoso.
Vídeo do Show "Arrepio de amor" do cantor e compositor cearense Jotabê no Centro Cultural Oboé com a participação ao bandolim de Jorge Cardoso. (Parte 3 do vídeo gravado em Fortaleza - CE, em 2006)  

Um show reunindo diversas gerações de artistas, para prestar tributo a um dos maiores nomes da música brasileira em todos os tempos: o multiinstrumentista cearense Zé Menezes. Essa é a atração esta quarta-feira, 13/5, às 20h, no Theatro José de Alencar, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará. Com entrada franca, a apresentação, que reúne virtuosos como o bandolinista Jorge Cardoso, o violonista e guitarrista Tarcísio Sardinha, o pianista Tito Freitas, o violinista Humberto de Castro, o saxofonista e flautista Marcio Resende e o percussionista Pantico Rocha, será gravada para o lançamento de um DVD destinado a contribuir para a memória sobre o autor do clássico “Nova Ilusão”, do tema de abertura do programa “Os Trapalhões” e de contribuições instrumentais a inúmeros discos e shows.
O show “Tributo a Zé Menezes”, realizado pela Lumiar Produções, leva ao palco do Theatro José de Alencar, mais simbólico e tradicional espaço das artes no Ceará, uma grande homenagem ao músico nascido no município de Jardim, que se apresentou pela primeira vez em Fortaleza justamente no TJA. O DVD a ser gravado com o show desta quarta-feira também incluirá depoimentos de artistas e de outras pessoas ligadas ao mestre das cordas populares.
Os músicos participantes do Regional fixo, que subirá ao palco, sob a direção musical de Tarcísio Sardinha, são Pantico Rocha (bateria e pandeiro), Tito Freitas (piano), Nélio Costa (contrabaixo acústico), Humberto de Castro (violino, spalla da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho), Cleylton Gomes (flauta e flautim), Hoto Júnior (percussão). Além de Chico do Cavaco, Marcio Resende (sax e flauta), Rômulo Santiago (trombone) e Giltácio Santos (clarinete).
Haverá ainda convidados muito especiais, como Jorge Helder (baixista que toca com Chico Buarque e Maria Bethânia), Jorge Cardoso (bandolinista de formação e renome na Italia), Macaúba (bandolinista mestre do choro cearense) Carlinhos Patriolino (guitarrista e bandolinista aclamado no Ceará), Adelson Vianna (um dos mais aplaudidos acordeonistas do Brasil). Nas vozes, o talento de Marta Aurélia e do também compositor e violonista Jotabê.

Mais sobre Zé Menezes
José Menezes de França ou simplesmente Zé Menezes, maestro, arranjador, compositor e multiinstrumentista, nasceu em 6 de setembro de 1921 e faleceu em 31 de julho de 2014. Com um talento precoce, aos oito anos de idade já tocava cavaquinho profissionalmente no cinema de Juazeiro do Norte, época em que também se apresentou para o Padre Cícero e compôs sua primeira música: “Meus oito Anos”. Aos 11, tornou-se músico na Banda Municipal de Juazeiro do Norte.
Com um talento incontestável e vontade de expandir sua vocação, Zé Menezes partiu para Fortaleza, onde inicialmente trabalhou como alfaiate. Depois, fez contatos com outros músicos e criou um regional, e na sequência, foi contratado pela Ceará Rádio Clube que inaugurava o serviço de ondas curtas. Através do radialista cearense César Ladeira recebeu um convite para atuar na Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, para onde seguiu na sua profissional.
No Rio, formou o conjunto “Os Milionários do Ritmo”, tornando-se solista de muito prestígio. Logo após, foi para a Rádio Nacional, apresentando-se com Garoto, no programa “Nada além de dois minutos”. Além de fazer dueto com Garoto, Zé Menezes trabalhou com outros grandes nomes, como Radamés Gnatalli, mesmo período escreveu a música “Nova Ilusão”, juntamente com o já consagrado letrista Luiz Bittencourt, a qual foi gravada posteriormente pelo grupo Os Cariocas, por Francisco Sergi & Orquestra, Dick Farney & Quarteto e já na década de 90 pela cantora cearense Marta Aurélia.
Zé Menezes fez parte do Sexteto Gnatalli, no qual também tocava a irmã do conceituado Maestro Radamés, Aída Gnatalli. Com o grupo, excursionou por Paris, Londres, Oxford, Roma, Lisboa e Porto com bastante sucesso.
Com a chegada da TV na década de 50 e o declínio do rádio na década de 60, Zé Menezes mudou de atividade e tornou-se maestro na RCA Victor e foi arranjador de Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Gilberto Milfont, Miúcha, Tom Jobim e muitos outros artistas da época, na MPB.
Ainda na década de 60, formou o grupo “Os Velhinhos Transviados”, que fazia paródias de músicas antigas e modernas, além de produzir novos arranjos para clássicos nacionais e internacionais. Com os “Velhinhos Transviados”, grupo no qual era o solista tocando guitarra, gravou e lançou até 1971, 13 LPs.
Já na década de 70, foi para a Rede Globo de Televisão, primeiro como guitarrista, e logo, alçando o posto de maestro, arranjador e diretor musical. Na nova função artística, permaneceu até 1992, quando se aposentou como profissional da emissora. Nesse período, compôs trilhas e vinhetas para programas de sucesso tais como “Chico City”, “Viva o Gordo” e “Os Trapalhões”, este último, tema que permanece no inconsciente coletivo dos brasileiros, como uma de suas composições mais conhecidas e lembradas da criação de Zé Menezes.


Capas de alguns dos vários discos gravados pelo maestro Zé Menezes






Fonte: Matéria publicada pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Ceará disponível em:

Matéria publicada no Jornal Diário do Nordeste, Caderno 3, em 13/05/2015: